🌍 Pela 1ª vez na história: fontes renováveis superam carvão na geração de eletricidade mundial
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Meta-descrição
No primeiro semestre de 2025, energia solar e eólica produziram mais eletricidade globalmente do que o carvão: marco que simboliza a virada energética. Descubra o que levou a isso, os principais países responsáveis, desafios e implicações para o planeta.
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Introdução
Em 2025, algo novo — e histórico — aconteceu no mundo da energia: as fontes renováveis (solar + eólica) geraram mais eletricidade do que o carvão no primeiro semestre do ano. Sim, pela primeira vez desde o advento da era industrial, a geração limpa superou a geração baseada no “rei carvão”.
Esse momento marca uma guinada simbólica e prática: a transição energética está deixando de ser promessa para virar realidade. Vamos entender o que motivou esse feito, quem protagonizou o salto, os riscos e o que vem no horizonte.
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Os números que fazem o mundo virar
No período de janeiro a junho de 2025, fontes renováveis produziram 5.072 TWh, enquanto o carvão produziu 4.896 TWh.
A demanda global por eletricidade subiu cerca de 2,6% — ou 369 TWh. Deste incremento, solar contribuiu com 306 TWh (+31%) e eólica com 97 TWh (+7,7%).
Em países como China e Índia, a expansão das renováveis foi tão intensa que o uso de carvão recuou — derrubando a geração fóssil e impulsionando o crescimento limpo.
Em contrapartida, nos EUA e na União Europeia, a geração fóssil ainda cresceu, devido à menor performance de vento/hidro e demanda extra.
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Por que isso é um ponto de virada
1. A renovável deixa de ser “alternativa”
Para muito tempo, solar e vento foram vistos como complementos à matriz energética, usadas em picos ou regiões específicas. Agora, cruzaram um limiar: podem responder à base da demanda.
2. Custo e tecnologia convergem
Com custos de painéis solares e turbinas eólicas caindo, combinados a melhorias em armazenamento, controle de rede e eficiência, o modelo renovável está ficando competitivo — e, em muitos casos, mais barato que carvão.
3. Pressão para abandonar combustíveis poluentes
Esse momento cria legitimidade para políticas mais ambiciosas de descarbonização, fechamento de usinas a carvão e incentivos fortes para renováveis.
4. Risco e oportunidade para países
Países que apostaram em renováveis agora ganham protagonismo; aqueles ainda dependentes do carvão enfrentam dilemas econômicos e ambientais.
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Os países que puxaram a fila
China: liderou a maior expansão, adicionando mais solar e eólica do que o resto do mundo somado, e cortando a geração fóssil.
Índia: também teve forte crescimento nas renováveis, reduzindo uso de carvão e gás.
Outros países emergentes se beneficiaram da queda nos custos de energia limpa para ampliar sua geração renovável, mesmo em meio a infraestrutura elétrica ainda deficiente.
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Desafios que ficam no caminho
Intermitência e armazenamento: sol não brilha à noite, vento oscila. É preciso baterias, redes inteligentes, flexibilidade no sistema, usinas reservas.
Transmissão e rede elétrica: muitos sistemas elétricos não estão prontos para absorver renováveis de forma distribuída e em larga escala.
Políticas e regulamentação: subsídios bem desenhados, incentivos para renováveis, penalidades para poluidores devem caminhar lado a lado.
Justiça energética e social: garantir que a transição não deixe regiões vulneráveis isoladas ou dependentes.
Materiais e cadeia produtiva: painéis solares, magnetos, terras raras — mineração, reciclagem, cadeia limpa precisam ganhar escala sustentável.
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Implicações para o Brasil
Embora essa notícia seja global, o Brasil já vive sintomas semelhantes. Por exemplo:
Em agosto de 2025, solar + eólica chegaram a mais de 34 % da eletricidade nacional — recorde no país.
O país está expandindo sua capacidade solar — já com mais de 50 GW instalados recentemente.
Portanto, o cenário global reforça as prioridades de política energética aqui no Brasil: acelerar renováveis, fortalec
er redes inteligentes, promover armazenamento e garantir que a transição seja justa e viável.
